REFLETINDO O PROCESSO PEDAGÓGICO A PARTIR DAS TIC's

Friday, April 13, 2007

A importancia de conhecer e explorar as pré-concepções de mundo do educando no processo de ensino-aprendizagem

Quando comecei a ler o texto "Concepções Ingênuas" logo me veio a cabeça a fala das crianças que entrevistei (6 anos e 8 anos). Crianças estas que, repletas de ingenuidade, acabaram dando respostas mescladas pela fantasia e pelo "senso comum". Se analisarmos a fala destas crianças é fácil perceber que suas respostas eram "idéias lógicas e racionais" como o texto afirma. Acho que apesar das crianças não terem muito tempo de escolarização, e ainda apresentarem um pensamento egocêntrico, em alguns aspectos elas já se aproximam do pensamento científico. Isto certamente ocorre devido a convivência e interação com outros adultos, crianças e adolescentes e também com o mundo midiático que invade a vida das pessoas desde o nascimento, bem como passa a fazer parte da sua formação.
Muitas vezes, a escola ignora todo esse "conhecimento" trazido pelas crianças, por achar que apenas o conhecimento transmitido e produzido por ela é o válido. Os adultos já estão tão formatados que não param para ouvir o que as crianças (alunos) falam e pensam sobre o mundo. Na escola compartimentamos o conhecimento, como se isto fosse realmente possível. Na verdade não se faz isto para favorecer a aprendizagem das crianças, mas para facilitar o funcionamento da própria escola. Os professores, na maioria das vezes com carga lotada, salários baixos e condições de trabalho precárias não tem tempo e nem "ânimo" para se renovarem, estudarem, refletirem sobre seu fazer pedagógico. Não temos um vilão em especial, mas um conjunto de fatores que interferem, mas que não impedem a mudança deste cenário. A escola certamente precisa propiciar aos seus alunos a apropriação do conhecimento produzido pela humanidade, a construção da autonomia, de habilidades e atitudes, mas também precisa ser um lugar onde se constroem relações de amizade, se vivenciam experiências prazerosas, onde se desbravam novos conhecimentos, onde o erro e o acerto caminham junto e são imprescindíveis para o processo ensino-aprendizagem. Sendo assim, toda esta bagagem de conhecimentos e vivências trazidas pelas crianças deveriam ser exploradas e encaradas como fatores importantes para a aprendizagem, pois só assim, a escola se tornará significante para os alunos. Nós, professores, além de aprendermos a ouvir e instigar nossos alunos, devemos também refletir, constantemente, sobre nossas idéias, atitudes e conhecimentos, isto porque nada é definitivo, somos eternos aprendizes. O conhecimento é dialético e precisa de doses de compreensão, reflexão, interesse e satisfação.

Sunday, March 25, 2007

Retomando as Atividades

Aos poucos as atividades da Pós estão sendo retomadas. Em meio a muitas tarefas, estou conseguindo visualizar mais as diretrizes que estão sendo apontadas pelas disciplinas que estamos realizando. Ontem, sábado, parte do nosso grupo se reuniu para encaminhar as atividades propostas pelo PROA 01 e 02. Organizamos o conteúdo de nossa pesquisa e começamos a escrever e postar as primeiras conclusões no WIKI. Deixamos em aberto para que outros integrantes possam acrescentar suas considerações finais. Acho que este exercício de retomada, reflexão, síntese e confrontação de idéias é muito rico e imprescindível para o nosso processo de aprendizagem. Quanto às atividades individuais, gostei muito de conhecer o projeto de pesquisa de nossos colegas “ARREPIO”, bem como de postar algumas considerações acerca do conteúdo pesquisado. Gostei mais ainda de realizar as entrevistas solicitadas pelos PROA 03 e 04. Apenas achei que os professores deveriam ter disponibilizado mais leituras para fortalecer nossa base teórica e consequentemente nossa prática.

Thursday, October 19, 2006

Considerações dos textos PROA 01

Quando refletimos o nosso atual modelo de educação, percebemos o quão defasado ainda está em relação aos avanços da Ciência e das Novas tecnologias da Informação e da Comunicação. Vivemos em um mundo em constante transformação e a escola ainda reflete o passado, insistindo em modelos comprovadamente fracassados. Apesar de a cada dia surgirem novas práticas educacionais que tentam romper com as características do ensino Tradicional, a escola, na sua maioria, ainda continua seriada, com o ensino compartimentado, priorizando a quantificação (notas) e não a qualidade do ensino, bem como o cumprimento do conteúdos curriculares. Conteúdos estes, que muitas vezes, são inseridos no processo ensino-aprendizagem de forma mecânica, descontextualizada e longe de atender os interesses e as necessidades dos alunos.
Voltando o olhar para o universo da escola em que trabalho, percebo a dificuldade dos professores em romper com o esquema colocado. Existem aqueles (poucos) que tentam fazer diferente, trabalhando com projetos de aprendizagem, priorizando assim o interesse e o universo dos seus alunos, questionando-os e instigando-os constantemente, oferencendo aos mesmos diversas possibilidades de acesso às informações e ao conhecimento produzido pela humanidade (Arte, cultura, história, etc). Estes professores, muitas vezes, são criticados e olhados com ressalva pelos próprios colegas. Acho que este movimento é formado a partir da "ignorância" e "incredulidade" de muitos docentes que não sabem, ou que não estão preparados para fazer diferente. Em contrapartida, existem os professores (a maioria) que, com a jornada de trabalho excessiva, ainda priorizam, a utilização do livro didático e estão preocupados com o cumprimento dos conteúdos estabelecidos no currículo escolar. Às vezes, estes mesmos professores tentam inovar inserindo no processo ensino-aprendizagem a utilização de outros recursos didáticos como saídas de campo, exibição de vídeos, utilização da Internet e outros. Entretanto, o essencial verdadeiramente não é mudado, pois o ensino continua focado na transmissão de conteúdos, sendo o professor o principal transmissor do conhecimento, decidindo, assim, o que é mais importante ser estudado; conteúdos estes, como já disse antes, que não atendem as necessidades dos alunos e que jamais serão utilizados para a resolução de problemas da vida cotidiana dos mesmos.
Trabalhar com projetos de aprendizagem exigem do professor um desprendimento de muitas práticas existentes na escola, bem como o aperfeiçoamento constante. Apesar de vivenciarmos, fisicamente, um modelo de escola defasado acredito tem espaço para mudança. Deste modo, o professor assume o papel de problematizador e mediador do processo, estabelecendo um diálogo entre os conhecimentos individuais e os conceitos/conteúdos, tendo como ponto de partida a problematização. É através da problematização de questões do interesse e do universo dos alunos que estes se sentem instigados à buscarem soluções e respostas para as questões levantadas por eles mesmos; processo este que os levam a apropriação e construção de novos conhecimentos. Basta nos reportarmos até nossa vida escolar e veremos que o que realmente aprendemos foram os conteúdos e conceitos que nos despertaram interesse e nos foram útil na vida cotidiana. Já a grande maioria do que estudamos na escola não ficou guardado, pois não nos apropriamos verdadeiramente desses conhecimentos (não houve acomodação). Quanto ao vestibular, muitos das informações úteis para aprovação (regras, fórmulas), foram apenas guardadas para utilização naquele momento, pois se tivermos que voltar a prestar novos vestibulares ou concursos será necessário estudar, novamente, muitos destes conteúdos. Por outro lado, a capacidade de leitura, interpretação e escrita é de grande valia para realizarmos quase todas as atividades da vida cotidiana. Sendo assim, se sairmos da escola lendo, interpretando e escrevendo bem, certamente estaremos preparados para a vida. Porém, não será apenas utilizando o livro didático e decorando fórmulas e respostas prontas que iremos exercitar a leitura, a interpretação e a produção crítica. É necessário romper com os limites estabelecidos pelos ensino tradicional que não prepara o educando nem para a vida e nem para a prestação de concursos e vestibulares.
O mais importante é que o professor, enquanto um articulador e problematizador, deve buscar ampliar os horizontes escolares, sempre com uma atuação carregada de solidariedade, amor e confiança nos sujeitos. É preciso, partir do contexto vivenciado e através da mediação e problematização, juntos educador-educandos irem além desse olhar, estabelecendo trocas e discussões de forma a superar as contradições e construir novos conceitos que possam ser aplicados na prática, gerando mudança de atitudes e estabelecendo papéis sociais.
Quando digo que podemos e temos que mudar, entendo que estamos vivenciando um processo, por isso é normal que existam contradições, resistências, e questionamentos. Para trabalhar com projetos de aprendizagem o professor realmente deve compreender e acreditar nesta metodologia de trabalho. Teoria e prática precisam ser condizentes, sendo que o professor se torna um importante agente de mudança.
Sendo assim, entendo que é preciso, antes de tudo, investir na formação de professores para que estes assumam uma prática menos conteudista e mais construtivista, sem medo do novo, e que se reconheçam como problematizadores, mediadores e também aprendizes. Professores estes que, constantemente, reflitam e avaliem o processo, procurando se libertar dos ranços do ensino tradicional e oferecer novas oportunidades de “construção de conhecimentos” aos seus alunos.

Friday, October 06, 2006

TRABALHANDO À DISTÂNCIA

Essa primeira semana do curso à distância tem sido um pouco confusa. Pelo menos é assim que estou me sentindo no momento. Sei que aos poucos as tarefas, as pesquisas e a interação virtual com meus colegas irão sendo interiorizadas e assimiladas até que passem a serem práticas constantes, necessárias e imprescindíveis para a construção de novos conhecimentos.
Muitas vezes é mais fácil termos professores disponíveis (presencialmente) para tirar dúvidas, ensinar, apontar caminhos e como diz kanitz “nos fazer perguntas”. Assim, não precisamos nos esforçar muito, correr atrás do conhecimento, pois tudo parece estar mais ou menos pronto.
Veja bem, não estou aqui descartando nenhuma dessas metodologias e nem dizendo que neste curso “à distância” não teremos o apoio e encaminhamento dos professores e tutores. Ao contrário, acho que à distância passamos a exercitar o papel de “aprender a aprender”, trilhando assim outros caminhos e aprendendo a buscar e construir novos conhecimentos.
Agora é pra valer!!! Sendo assim, é só arregaçar as mangas e vislumbrar novas possibilidades, conhecimentos e amizades.

Tuesday, October 03, 2006

EXPERENCIANDO AS TIC's NO PROCESSO EDUCATIVO

Thursday, September 28, 2006

Reflexão sobre o texto "Qual é o problema?"


O texto "Qual é o problema" de kanitz trouxe reflexões importantes acerca do processo educacional brasileiro, que ainda anda a passos miúdos em busca de mudanças nas metodologais de ensino-aprendizagem. Quando pensamos em trabalhar com projetos de aprendizagem é importante desconstruir o método em que o professor se apresenta como detentor do conhecimento e o aluno um mero receptor. O professor, por sua vez, precisa estimular seus alunos a fazerem perguntas, a serem curiosos e não receberem tudo como verdade absoluta. Sabe-se que este caminho é difícil de trilhar, visto que por anos e anos vivenciamos esta maneira de aprender como única e infalível (Escola Tradicional). Ainda hoje, como professora, me deparo muitas vezes com várias dúvidas e práticas que se remetem à Pedagogia Tradicional.
Enquanto alunos (as) do PROA trabalhamos com projeto de aprendizagem que nos possibilitou momentos de negociações, administração de conflitos, dúvidas e sobre tudo o exercício de fazer perguntas que suscitem a pesquisa, a busca de informações e a produção de conhecimento. Neste sentido, acho que são justamente estas incertezas e dúvidas que nos conduzem ao processo de “aprender a aprender”, tornando-o mais rico e produtivo. É certo que nem sempre as perguntas e dúvidas surgem com tanta naturalidade, pois não estamos seguindo uma receita, mas o professor enquanto facilitador e orientador deve estimular e instigar constantemente seus alunos, bem como, também deve, neste processo, reconhecer-se como aprendiz, buscando sempre aprender mais e mais.

Wednesday, September 27, 2006

MAPA CONCEITUAL